sábado, 23 de abril de 2011

Mapa.

Te queria aqui, pra poder falar o que eu percebi hoje.
Te contar do meu dia, saber do seu.
Mas não dá.
O máximo é pegar um mapa com um monte de linhas e nomes entre você e eu,
ver que tem chão, tempo, gente. Tem vida daqui até aí.

Penso nos aviões e carros, idas e vindas.
Despedidas e reencontros. Não aguento...
me aperta o peito. Me enche os olhos.
Fecha a garganta. E a lágrima escapa.
Saudade dói, rapaz.

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Acolá.

Num dia chora e no outro ri. Uma hora espera e na outra cansa. Num dia acredita e no outro duvida. Primeiro insiste e depois desiste. Um dia afaga e no outro afasta. Antes pedia, agora dá. Num instante ama e noutro odeia. Num minuto faz e no seguinte arrepende. Constrói sabendo que vai desmoronar. Uma hora planeja e na outra deixa ser. Um dia se preocupa, no outro desencana. Antes queria, depois abriu mão. Tem medo de se entregar e mais ainda de desistir. Um dia corre atrás, no seguinte finge que não se importa. Numa hora rasteja, na outra pisa em cima. Tenta entender o outro sem entender a si próprio.