Eu tinha começado a escrever um texto sobre meu 2010, no início de novembro, se não antes disso. Um dia, enquanto escrevia, parei e pensei que não devia fazer isso tão cedo. Todo dia você acorda, sem ter a menor ideia, de como seu dia pode mudar até a hora de ir dormir de novo.
De repente, você percebe que seus planos não são nada, eram apenas metas que você gostaria de seguir. Porque a vida, amigo, a vida prega peças. Esse ano, pra mim, foi cheio delas. 2011 tá batendo na porta e eu ainda acho que 2010 pode me surpreender a qualquer momento.
Logo no começo deste ano, eu prestava vestibular, parece que faz tanto tempo e parece que foi anteontem. Depois eu ia pra uma faculdade e aí passei na pública. Entrei lá sozinha, sem conhecer ninguém, sem saber se tava no lugar certo e se aquilo era mesmo pra mim. Ainda não sei se é o certo, mas não tô sozinha. Foi o ano que eu mais conheci pessoas especiais, e apesar do clichê, elas que fizeram esse ano ser tão bom.
Foi o ano que eu decidi que ia aproveitar mais a vida. E levei essa decisão a sério. Não deixei a preguiça ganhar de mim e saí pra ser feliz. Festas, baladas, farras, risadas, ressacas (inclusive morais), pés fudidos e muita história pra contar.
Foi o ano de aprender que todos são imprevisíveis. Por mais que você ache que conhece alguém, você não conhece. Aceitar isso logo, evita sofrimento e indignação, ou pelo menos os fazem menores e menos dolorosos, caso sejam inevitáveis. As pessoas mudam, muito mais do que nós imaginamos que seja possível ou do que gostaríamos. Esse ano eu mudei e você também mudou. Isso não é o fim do mundo, na real, isso é bom.
Descobri que a distância pode fortalecer amizades e revelar sentimentos. Aquele que era um amiguinho, hoje é um puta amigo. O outro que parecia ser um amor, não é mais nada, se é que um dia foi amor mesmo, coisa que eu duvido. Descobri também que você pode rodar por aí, conhecer muita gente e fazer amizades, mas nenhuma delas será tão verdadeira e forte quanto a sua família. Mãe, pai, irmãos, tios, primos,e agregados são os amigos que, se você souber aproveitar, serão os seus melhores, pro resto da vida.
Foi o ano das saudades também. Algumas foram mortas. Outras geradas, alimentadas e bem criadas, estão grandes e fortes. E mais algumas sumiram. Sim, desapareceram completamente, quando percebi, eu não sentia mais falta, passou, nem sei por onde as deixei...
E por último, a peça que a vida tá me pregando, essa eu não sei ainda se é uma tragédia, uma comédia, ou até uma tragicomédia. Quem sabe seja apenas mais uma historinha romântica em que dá tudo certo no final. Ou até nada disso, só mais um teste pelos quais passamos mesmo. Mas isso eu só vou saber em 2011, pra esse assunto, 2010 já não resolve mais.
Pra você, até ano que vem, eu tô indo pra Bahia, e espero, independente de quem você é, que seja feliz!
"Do que é ruim eu me esqueço
O bom eu quero mais
Da tristeza quero o avesso
Agora eu quero paz
Saiba que todo fim
É um recomeço
Pra nossa vida eu quero amor
O resto eu desconheço" (Indiferença- Móveis Coloniais de Acaju)
O bom eu quero mais
Da tristeza quero o avesso
Agora eu quero paz
Saiba que todo fim
É um recomeço
Pra nossa vida eu quero amor
O resto eu desconheço" (Indiferença- Móveis Coloniais de Acaju)
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