O que me mata é essa coisa de eu te dar todo o meu amor, todo mesmo - tanto amor que chega a doer - e não receber (quase) nada. Eu pareço um cachorro quando você encosta em mim, fico boba, feliz, satisfeita. Me sinto amada. E você sequer percebe. Não é possível que não nota essa via de duas-mãos que somos, aonde tem muita mais movimento na mão que vai de mim até você. É desigual, desproporcional, descompassado. Não te cobro, não te falo, não te castigo. E nem é por falta de tentativas ou de curiosidade para ver se você sentiria falta, é porque eu não consigo. Não consigo ficar longe. Não consigo me preocupar menos. Não consigo não falar com você, não perguntar nem saber. Não consigo ficar brava. Não consigo. E por isso já desisti de tentar, porque eu sei que passa rápido e que tudo volta ao que é o nosso normal. A via de duas mãos, com uma mais movimentada que a outra. Mas alguém precisa cuidar mais e o outro ser cuidado. Um amar e o outro ser mais amado. E assim vamos...
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