segunda-feira, 13 de novembro de 2023

"Um homem pode fingir muitas coisas, mas não pode fingir o seu peso"

Por que enxergamos tantos defeitos na gente? Por que as pessoas se sentem à vontade para falar, comentar, opinar sobre os corpos dos outros?

Não sabemos a vida que tem por trás de cada um deles. Mesmo que sejamos próximos do outro, que achemos que o conhecemos muito bem, às vezes não sabemos das dificuldades, dos medos, das dores, dos gatilhos...
É muito difícil pra mim falar sobre meu corpo – e se eu já falei com você, provavelmente me viu chorando ou brigamos, pq eu simplesmente não consigo falar sobre o assunto. Diagnosticada com transtorno alimentar, compulsão e distúrbio de imagem, há quase dois anos comecei a terapia, e o principal assunto das sessões é sobre meu corpo, minha imagem, como os outros me veem, as queixas que eu tenho, as inseguranças etc.

Faço dieta desde que tenho uns 11 anos, ou seja, 2/3 da minha vida.
O meu refrigerante era diet, o meu bife não era à milanesa, o meu strogonoff era sem creme de leite, o meu hambúrguer era sem pão. Pra um dia, talvez, me sentir parte do todo; antes, eu tinha que ser ainda mais diferente do que já me sentia.

Outro dia fiz uma lista com todos os profissionais que já passei para tentar algum tratamento, foram 21, que eu me lembre, entre nutricionistas, endócrinos, nutrólogos e qualquer um que trabalhe com emagrecimento. Além de thetahealing, hipnose, acupuntura emocional, mandinga, Herbalife, jejum, remédios, massagem modeladora, laxante, criolipólise e sabe-se lá mais o quê...
Nunca tive nenhum problema de saúde, meu corpo não é um corpo gordo doente. Pra mim, sempre foi uma questão estética, até pouco tempo atrás, quando a vontade de engravidar e o medo de envelhecer e aparecerem problemas começaram a passar pela minha cabeça.
Mas não ter doenças não quer dizer que seja saudável. É triste, é difícil, é uma batalha silenciosa diária, é uma necessidade de aceitação que nunca encontrei, nem quando estava num peso bom. Vejo fotos e eu me escondia de vergonha do meu corpo mesmo naquela época.

Pouquíssima pessoas entendem o que é ter medo de ir a lugares novos por não saber como são as cadeiras de lá, de não caber nelas, ficar com vergonha de pedir para trocar com alguém e simplesmente se apertar ali por horas durante um jantar e ficar com o quadril com hematomas dos dois lados depois. Como é se sentir incomodando sempre que alguém senta ao seu lado, seja num ônibus, no metrô, no avião ou no sofá na casa de um amigo. Já me viu sentada no chão em algum lugar? Então, ali eu não incomodo, não invado o espaço de ninguém.

Mandei fazer meu vestido de noiva do zero porque não queria sentir a tristeza de experimentar modelos que não me serviam ou não foram pensados para corpos como o meu. Nem no momento que deveria ser de pura alegria, eu fui 100% feliz.
Ano passado, num casamento, uma pessoa desconhecida me falou que me olhava e lembrava daquela música “Minha casa não me define / Minha carne não me define / Eu sou meu próprio lar”, pq eu passava segurança de mim mesma APESAR do meu corpo. Ela achou que era um elogio? Quantas e quantas vezes já ouvi que tenho um rosto lindo. Como quem diz “o conjunto que é o problema”.

Enfim, um desabafo bem pessoal pra tentar trazer alguma reflexão. Cuidado com suas palavras, seus comentários. Não é um caminho fácil, não é só querer, não é só fechar a boca, não é falta de vergonha na cara. Não é sobre ser gordo ou magro, ter peito grande ou pequeno, perna grossa ou fina, ter o joelho x ou y; é sobre ter bom senso, empatia, respeito e educação. Somos todos diferentes, somos todos humanos e temos todos uma vida pra cuidar – a nossa própria.

sexta-feira, 23 de março de 2018

Desde pequena eu tenho uma convicção que nunca contei pra ninguém e acho tão pura e bonita...
Eu tenho certeza que Deus é uma mulher negra, e as nossas pintas são pedacinhos dela que carregamos com a gente.

quinta-feira, 15 de setembro de 2016

Nó de peixes

Hoje acordei com um nó na garganta, com saudade de gente querida, pensando na fugacidade da vida, nas coisas que tenho feito e que, além de não me fazerem bem, não combinam comigo. Acordei irritada com a implicância que tenho com certas pessoas que nunca me fizeram nada. Acordei com a carência latejando no peito. Acordei com vontade de chorar. Acordei querendo abraço. Acordei com vontade de recomeçar, de tentar, de amar. Acordei desejando coisas boas pros outros, mais do que pra mim. Acordei instável, agoniada, medrosa.

No caminho pro trabalho, vi uma macumba, imagino que fosse pelo menos. Tinham duas galinhas mortas e um vaso com sangue e garrafas quebradas numa praça meio isolada no centro de São Paulo. Foi difícil tirar a imagem da cabeça.


À tarde perguntei pra uma amiga se ela sabia por onde andava a Lua, que eu sabia que estava cheia. Eu acredito muito em Astrologia e queria uma justificativa pra tudo que sentia. Depois de uma rápida pesquisa, ela descobriu que a Lua estava em Peixes e aí tudo se encaixou. Eu tava cheia de Peixes em mim. Pisciana com lua em Peixes, todos os meus sentimentos potencializados, eu tô transbordando todas as características de piscianos.

terça-feira, 26 de julho de 2016

Pensamento do dia [3] – Espera.

Às vezes, tenho a impressão de que a vida é esperar que algo aconteça.
Às vezes, acho que é esperar que pare de acontecer coisas.
Mas, sempre, acho que a vida é esperar.

quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

.

Faz tanto tempo, que eu nem lembrava mais de você, até que nos encontramos. Mas foi rápido, eu estava com os meus amigos e você com os seus. Mas valeu pra lembrar de como você é bonitinho.
Duas semanas depois, nem tinha dado tempo de te esquecer, nos encontramos de novo. Mas você tava bêbado, eu tava boba. Você tava com os seus amigos e eu com os meus. Mas valeu pra lembrar de como você é engraçadinho.
Uma semana depois a gente ia se ver, mas você não foi e eu fiquei bêbada. Não sei com quem você tava, eu tava com os meus amigos. Mas valeu... Valeu? Valeu pra perceber que eu tava lá por sua causa. Não, não tava. Ou tava? Não, não. Não tava. Mas a ideia de te ver de novo, fazia eu sentir um friozinho na barriga.
Depois disso eu sonhei uma vez, depois dessa vez eu sonhei mais uma e agora sonhei de novo. Acordei com aquela sensação de estar caindo de algum lugar alto. O céu é alto. Mas não foi só isso, foi mais do que acordar de um sonho, foi como acordar para a vida.

quarta-feira, 22 de agosto de 2012

PÁ!

Mas é que vejo a madrugada passar
Nuvens, horas, lua vira sol. De repente
já amanheceu.
É o ciclo, é a vida,
Como um rio corrente
Leva, traz, passa, corre, afoga e afaga.
Mas, de novo, de repente, a bofetada.
Certeira, pesada, dolorida, bem dada,
merecida.
Não foi uma mão. Foi a consciência.
Um grito ensurecedor no meio do sono mais tranquilo.
O susto, o baque, a intensidade.
Você sabe o que te pertuba. Só você sabe.
Quem mais precisa saber?
Quem mais precisa conhecer a sua dor?

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

Lágrima

Tô querendo chorar mais do que eu sou capaz de imaginar. Nenhuma lágrima de amor, nem de dor, nem de ódio, nem de cansaço, nem tristeza. Não cai uma lágrima quando o que eu mais quero é que caiam todas. De qualquer coisa. E a culpa é toda sua.

quarta-feira, 6 de julho de 2011

Minha vida de acordo com Los Hermanos

Uma brincadeira que começou no Facebook, na qual usando nomes de músicas apenas de um artista ou grupo, tem que responder algumas perguntas, tentando não repetir os títulos. Eu escolhi a banda Los Hermanos pra fazer:

Você é um homem ou mulher: A Flor
Descreva-se: Além do que se vê
Como você se sente: Condicional
Descreva o local onde você vive atualmente: Do lado de dentro
Se você pudesse ir a qualquer lugar, onde você iria: O mundo aos meus pés
Sua forma de transporte preferido: O Vento
Seu melhor amigo é: Cara estranho
Você e seu melhor amigo são: Um par
Qual é o clima: Deixa o verão
Hora do dia favorita: Sapato novo
Se sua vida fosse um programa de TV, como seria chamado? Azedume
O que é a vida para você: Descoberta
Você sorri quando: Mais uma canção
Você chora quando: Lágrimas sofridas
Seu relacionamento: Último romance
Seu medo: O pouco que sobrou
Qual é o melhor conselho que você tem que dar: Todo carnaval tem seu fim
Pensamento do Dia: Pois é
Seu lema: Deixa estar

segunda-feira, 6 de junho de 2011

SM (Sem Mais)

Eu queria. Você queria. Não tinha disfarce. Mas não podíamos... não sem machucar outras pessoas. E quisemos ser tão corretos, que engolimos nossa vontade pela paz na consciência.
Mas a paz no coração não veio e eu fui cansando das suas indiretas, indecisões, mudanças e seus sumiços. Me cansei do que não tínhamos, do que não tivemos, do que não temos e não teremos. Cansei das suas provocações, carências e insatisfações. Nada era culpa minha, era sempre sua e nunca fez nada pra mudar isso. Mas você é incapaz de ferir os outros, não é? E nem percebe que assim, fere mais ainda e se fere também.
Cansei de mim te esperando, cansei de mim tentando compreender, cansei de mim me cansando. Cansei de tudo. E aí veio a fase que eu te evitei. Evitei lembrar de você, evitei mais ainda sentir você. Mas foi a época que eu mais pensava, foi quando eu mais te quis. Até perceber que era tanto, que eu me fazia mal, tinha que parar. Parei. Fui suja, usei outros pra parar, mas parei.
Veio a fase da indiferença: você já não era do jeito que eu não gostava, mas também não era como eu gostava. A gente quase não se via e com os horários tão diferentes, não nos falávamos muito também e quando eu reparei, eu não pensava mais em você, nem sentia saudades.
Então você começou a me incomodar. Eu não gostava do seu jeito, não gostava do modo como você falava, não tinha vontade de responder às mensagens, atender aos telefonemas. Fui pegando birra e muitas vezes sentia nojo das coisas que me dizia. Sério, nós chegamos a esse ponto, parece que você ainda não reparou, mas pode acreditar. Logo nós dois que vivíamos em uma sintonia tão grande.
Não percebe meu jeito seco e distante? Eu, que sempre fiz questão de falar com você, saber como você tava, mesmo enquanto tentava te esquecer com todas as minhas forças, eu falava com você e me interessava pela sua vida, hoje eu fujo disso tudo.
O papinho ficou cada vez pior, minha impaciência aumentou, eu ainda sinto nojo, contiunuo sem querer falar com você, sem querer te ver, não quero saber se aquela atriz te faz lembrar de mim ou se você acha que aquele filme é a minha cara. Não quero saber se você pensa em mim quando ouve tal música, nem quero sair pra comer pizza com você. Eu não quero te ver. Eu não te quero mais.
Quando eu quis, quando nós quisemos, você enrolou, se fez de santo e fiel, apesar de eu achar que mesmo não consolidando a traição, você não era fiel. Seus pensamentos e desejos não o fizeram fiel, talvez você tenha sido apenas leal. Eu nunca insisti, respeitei, nunca quis que você fosse contra seus principios e deu no que (não) deu.
Anos se passaram. Muita coisa mudou, eu vivi coisas novas e aprendi com elas. Posso até dizer que, apesar de ainda ser a mesma, eu sou outra pessoa. Não vai achando que aparecer na minha frente depois de tanto tempo, falando coisas bonitinhas e me elogiando, vai apagar tudo o que aconteceu. Eu não quero participar da sua loucura.
E se você ainda não entendeu, eu te explico melhor: agora quem não pode e não quer, sou eu. Passou. Eu tô feliz. Tchau.

quarta-feira, 18 de maio de 2011

sábado, 23 de abril de 2011

Mapa.

Te queria aqui, pra poder falar o que eu percebi hoje.
Te contar do meu dia, saber do seu.
Mas não dá.
O máximo é pegar um mapa com um monte de linhas e nomes entre você e eu,
ver que tem chão, tempo, gente. Tem vida daqui até aí.

Penso nos aviões e carros, idas e vindas.
Despedidas e reencontros. Não aguento...
me aperta o peito. Me enche os olhos.
Fecha a garganta. E a lágrima escapa.
Saudade dói, rapaz.

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Acolá.

Num dia chora e no outro ri. Uma hora espera e na outra cansa. Num dia acredita e no outro duvida. Primeiro insiste e depois desiste. Um dia afaga e no outro afasta. Antes pedia, agora dá. Num instante ama e noutro odeia. Num minuto faz e no seguinte arrepende. Constrói sabendo que vai desmoronar. Uma hora planeja e na outra deixa ser. Um dia se preocupa, no outro desencana. Antes queria, depois abriu mão. Tem medo de se entregar e mais ainda de desistir. Um dia corre atrás, no seguinte finge que não se importa. Numa hora rasteja, na outra pisa em cima. Tenta entender o outro sem entender a si próprio.

quarta-feira, 9 de março de 2011

100 dias com ele.

Eu assistia a filmes e novelas sem entender, quando o casal que se gostava, cedia aos obstáculos da vida e não ficava junto. Mas aí chegou a minha vez de viver isso.

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Pouco é muito

Toda mulher é feita de poucos. Pouco de fácil, de criança, de louca, de mãe, de puta, de macho, de freira, de poeta, de tudo.
Falo de mim, além do que tenho visto por aí. Toda mulher é feita de poucos.
Eu sou um pouco de tudo, eu quero um pouco de tudo.
Eu quis que ele ficasse afastado, depois quis andar de mãos dadas com ele. Eu quis que ninguém soubesse de tamanha traição. Depois quis gritar e me entregar pra pedir perdão.
Eu quis sentir o poder de deixá-lo triste. Depois quis que ele fosse feliz e que nem lembrasse o que é dor.
Eu quis ele por uma aventura, uma vontade, uma birra. Depois quis o beijo dele de novo e fiquei com o meu pouco fácil estampado na cara.
Eu tenho meu pouco criança evidente em cada brincadeira que faço, cada palavra que escrevo, cada pensamento.
Meu pouco louca? Nem sei bem onde esse pouco aparece, talvez mesclado junto com todos os outros poucos.
De pouco em pouco me completo, sem ser completada e não sou completa.
Eu nunca poderia ser feliz sem meu pouco ridícula. Eu nunca estou satisfeita sem meu pouco dramática e eu nunca poderei ser mulher porque ainda falta pouco, muito pouco, mas eu sei que falta.
Meu pouco puta, safada e tarada não têm um pingo de compostura. Meu pouco velha, freira e careta me limitam.
Meu pouco macho me dá coragem e me faz ter atitude, mas esse pouco é bem pouco mesmo.
Meu pouco poeta é romântico, me faz esperar palavras bonitas, beijos na chuva e telefonemas de boa-noite.
Meu pouco mãe é protetor, exagerado, responsável. Meu pouco carente é um pouco bastante.
Cada pouco meu espera muito. Espera o cara, o beijo acalmador, o olhar que compreende, o sorriso tranquilizante, o abraço reconfortante, as palavras benéficas. Mas meu pouco pessimista sabe que nada disso pode acontecer sem um pouco de sofrimento e angústia.
Corro no desespero de alguém pegar o é meu. Fico por medo da vida que virá depois dos sonhos realizados, da felicidade alcançada, do fim da busca. O que vem depois do "final feliz"?
O maior medo é de perder minha vez. Mas sigo com o meu pouco otimista, que a cada dia me diz que vai dar tudo certo, e afaga o meu pouco sonhadora.

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Verdade

Ele perguntou se ela tinha medo de que ele fosse embora ou morresse.
Ela respondeu prontamente: “-Não.”
Ele espantou-se, a voz dela havia sido tão suave naquela negação. Um soco no estômago dado com elegância.
Mas ela logo continuou: “-Eu tenho medo de que você não seja feliz, amor, só disso...”

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

O Nada.

Às vezes eu fico parada, tentando voltar a lembrar de você e sorrir com um frio na barriga. Mas não consigo... só vem um nada. Não sinto nada. E isso que me aflige, porque eu sempre sinto, por pior que seja, eu sinto. Nem que seja nojo, eu preciso sentir. E quando não sinto, me estranho. Falta o balde d'água fria na cabeça ou o calor pelo corpo. A saudade ou o arrependimento. Vontade de voltar no tempo ou de fugir dele. E você fez com que eu não sentisse mais nada.
A pior parte é que você se foi e nem falou que ia, não me contou, não se despediu. E essa deve ser a razão pra esse nada. No começo, achei que fossem coincidências, desencontros. Depois veio a desilusão e então, o nada. Agora eu acho que é capaz que tenha sido tudo um sonho. O resto foi consequência por ter acordado achando que o sonho fosse real. Hoje até duvido que você exista, quando eu te encontro é como se não fosse você, não te reconheço, não te acho em você.
E ninguém mais tem graça, ninguém faz meu coração disparar, ninguém me faz sair andando pelas ruas sem destino, ninguém me faz fazer planos pro resto da minha vida, como se não me faltasse mais nada, ninguém me faz perder a respiração, ninguém me faz lembrar de alguma coisa e sorrir. Ninguém. Nem você.
E o que me deixa mais aflita ainda, é que eu não espero ninguém. Não espero que ninguém me faça sentir essas coisas de novo. Mas eu não quero esse nada. Não quero essa armadura. Prefiro chorar do que não sentir. Prefiro me machucar do que não brincar. Prefiro cair da bicicleta do que não poder pedalar.

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Mudança

Nunca gostei do antigo nome desse blog, mas como não tinha ideias boas e decentes que ainda não estivessem sendo usadas, deixei Black, white and colorful mesmo. Mas finalmente hoje consegui um melhorzinho. Rebatismo, reformulações, redecoração e agora é Tudo efêmero (e.fê.me.ro adj 1 Que dura um só dia. 2 Passageiro, transitório.)
De resto, continua tudo igual, fique à vontade para me falar o que você acha. Se tem uma coisa que eu gosto é quando as pessoas falam que leram meu blog, que se identificaram com algum texto, que gostaram daquele ou desse, ou que não gostaram e nem entenderam algum deles. Eu gosto até quando alguém fala que passou por aqui e ficou preocupado comigo. Preocupado porque achou o que eu escrevi meio “down”. Eu gosto mesmo assim, sabe por quê? Se acharam isso, é porque eu consegui passar a ideia. Ninguém é feliz o tempo todo. E se você conhece alguém que é, desconfie.
Ele veio: “vc tá bem? se você tá passando por tudo isso, vamos beber que melhora, sai dessa... a vida pode ser boa!” Sim, eu aceito beber, amigo. Mas não se preocupe tanto, o que eu escrevo aqui não é pura verdade. Não acredite em tudo que você ler, ou você tá esperando sua carta de Hogwarts até hoje?
Eu desabafo, invento, aumento, imagino, mudo, transformo, sonho. Escrevo da vida dos outros também (tem umas vidas por aí muito mais interessantes do que a minha).
Então se você também estava preocupado, ou acha que eu tô depressiva, triste, melancólia: eu tô bem. Juro. Todo mundo passa por apertos, mágoas, tristezas, alegrias, realizações, decepções, altos e baixos. Ainda bem que é assim, ninguém saberia o que é bom, se não conhecesse o ruim.
Obrigada pela preocupação, leitores amigos. E continuem me contando o que acham das coisas que eu posto por aqui, eu gosto de saber dos efeitos.

domingo, 16 de janeiro de 2011

Elefante

Tente respirar com um elefante sentado sobre a sua barriga.
Difícil?

“Elefante - Santa Maria da Feira

Feito flor ao vento, eu te agarrei
Guardei pra mim
E assim pintei de azul meu céu também
Talvez, não sei, eu dê pra você fazer dele o que quiser
Eu fiz de você um cais, sem mais, sem paz, farol do que hei de ser
Por mais que eu finja estar tão bem, meu bem
Eu não sei mais de mim, eu não sei
Eu não sei se sou quem sou, se fico ou vou
Eu já não sei mais te dizer se sou mais eu ou você
Pode ser, eu não sei, talvez, seja melhor nem saber”

Pois é...

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Mãos atadas.

O que eu quero, não posso querer
O que eu devo fazer, parece impossível
Fugir seria uma boa opção
Mas pra onde?
Lá de cima, tudo parecia pequeno, fácil e simples
Daqui, a complexidade envolve cada segundo do nosso passado
E a dúvida do nosso futuro
Você tão longe e tão distante
Me faz querer desistir
Ontem eu decidi que seria assim
Mas hoje não sei mais
Talvez o ponto-final esteja muito perto da introdução
Por enquanto vivemos nessas reticências
Carregadas de agonia e expectativa
Você me prometeu que seria desse jeito por pouco tempo
E eu acreditei



Eu acredito.

terça-feira, 28 de dezembro de 2010

2010 - O Ano do novo

Eu tinha começado a escrever um texto sobre meu 2010, no início de novembro, se não antes disso. Um dia, enquanto escrevia, parei e pensei que não devia fazer isso tão cedo. Todo dia você acorda, sem ter a menor ideia, de como seu dia pode mudar até a hora de ir dormir de novo.
De repente, você percebe que seus planos não são nada, eram apenas metas que você gostaria de seguir. Porque a vida, amigo, a vida prega peças. Esse ano, pra mim, foi cheio delas. 2011 tá batendo na porta e eu ainda acho que 2010 pode me surpreender a qualquer momento.
Logo no começo deste ano, eu prestava vestibular, parece que faz tanto tempo e parece que foi anteontem. Depois eu ia pra uma faculdade e aí passei na pública. Entrei lá sozinha, sem conhecer ninguém, sem saber se tava no lugar certo e se aquilo era mesmo pra mim. Ainda não sei se é o certo, mas não tô sozinha. Foi o ano que eu mais conheci pessoas especiais, e apesar do clichê, elas que fizeram esse ano ser tão bom.
Foi o ano que eu decidi que ia aproveitar mais a vida. E levei essa decisão a sério. Não deixei a preguiça ganhar de mim e saí pra ser feliz. Festas, baladas, farras, risadas, ressacas (inclusive morais), pés fudidos e muita história pra contar.
Foi o ano de aprender que todos são imprevisíveis. Por mais que você ache que conhece alguém, você não conhece. Aceitar isso logo, evita sofrimento e indignação, ou pelo menos os fazem menores e menos dolorosos, caso sejam inevitáveis. As pessoas mudam, muito mais do que nós imaginamos que seja possível ou do que gostaríamos. Esse ano eu mudei e você também mudou. Isso não é o fim do mundo, na real, isso é bom.
Descobri que a distância pode fortalecer amizades e revelar sentimentos. Aquele que era um amiguinho, hoje é um puta amigo. O outro que parecia ser um amor, não é mais nada, se é que um dia foi amor mesmo, coisa que eu duvido. Descobri também que você pode rodar por aí, conhecer muita gente e fazer amizades, mas nenhuma delas será tão verdadeira e forte quanto a sua família. Mãe, pai, irmãos, tios, primos,e agregados são os amigos que, se você souber aproveitar, serão os seus melhores, pro resto da vida.
Foi o ano das saudades também. Algumas foram mortas. Outras geradas, alimentadas e bem criadas, estão grandes e fortes. E mais algumas sumiram. Sim, desapareceram completamente, quando percebi, eu não sentia mais falta, passou, nem sei por onde as deixei...
E por último, a peça que a vida tá me pregando, essa eu não sei ainda se é uma tragédia, uma comédia, ou até uma tragicomédia. Quem sabe seja apenas mais uma historinha romântica em que dá tudo certo no final. Ou até nada disso, só mais um teste pelos quais passamos mesmo. Mas isso eu só vou saber em 2011, pra esse assunto, 2010 já não resolve mais.
Pra você, até ano que vem, eu tô indo pra Bahia, e espero, independente de quem você é, que seja feliz!


"Do que é ruim eu me esqueço
O bom eu quero mais
Da tristeza quero o avesso
Agora eu quero paz
Saiba que todo fim
É um recomeço
Pra nossa vida eu quero amor
O resto eu desconheço" (Indiferença- Móveis Coloniais de Acaju)

quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Contexto.

Você pode até parecer meio fora do contexto para elas, mas não para mim. Não ligo para o que as outras pessoas pensem de nós, desde que haja nós. Se os nossos dedos estiverem entrelaçados, tudo bem. Eu faço de conta que não as ouço, que não vejo seus cutucões e suas caras de indignação. Mas tem que haver o nós.
Você tem que parar de fugir, parar de querer que tudo seja fácil. Não é. Você não pode agradar a todos. Nem eu. Ninguém pode. Então deixa ser e seja você mesmo. Não me importa o que pensam, eu juro que não ligo. Não mais.
Aquela minha época de preocupação passou. Não choro mais pelo que as pessoas dizem, nem de raiva. Não me importo com mais (quase) nada. Só me importo comigo, enquanto eu estiver bem, tá tudo bem. Podem achar que é egoísmo, individualismo, loucura, falta de noção. Mas eu quero é ser feliz.
Não quero que a gente combine, nem que seja correto, eterno ou que seja "a mais linda história de amor". Não quero que os outros aprovem, nem que torçam. Não quero que saibam, não preciso. Quero me sentir bem, nada além disso. Quero o simples, saber que eu tenho você e você tem a mim. E só. Ninguém mais.
Fica assim, por enquanto, e pronto. Uma hora tudo se resolve. A gente tem pressa, mas de que adianta? Só vai maltratar o coração. Ou acaba aqui, ou acaba lá.

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Nós três

E de novo olho pro relógio.
Já não tá na hora?
Posso ir? Posso mesmo?
Não espero resposta, não tem ninguém aqui.
Nunca teve. Nunca tive.
Vou.

Minha amiga que nunca me decepcionou tá aqui.
Não queríamos ter vindo, mas não tinha jeito.
Espera, espera.
Eu não sei o que eu tô esperando.
Será que ela tá esperando também?
A mesma coisa que eu?

Lugar vazio, bebidas ruins.
Pessoas desinteressadas e desinteressantes.
Nós observamos, contamos, ouvimos, sorrimos, fugimos.
Nós ainda esperamos.
Falta muito pra poder ir embora?
Pior que sim, vamos andar.

Lugar cheio, pessoas vazias.
Pessoas interessantes desinteressadas.
Pessoas desinteressantes interessadas.
Nós encontramos, cantamos, abraçamos, rimos, fingimos.
Nós ainda esperamos.
Você tá bem? Tô cansada.
De esperar? Daqui.
Vamos lá? Tá.

E “lá” você apareceu.
Nós vimos o show e fomos pra casa.
Então a espera acabou?
Não. Ainda não.

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Um amor meio assim...

Um amor meio assim: meio errado, meio burro, meio rápido, meio desesperado, meio enganado, meio cachorro, meio insistente, meio indignado, meio feito, meio feio, meio pronto, meio deficiente, meio brega, meio dividido, meio diferente, meio indevido, meio medroso, meio déjà vu, meio caótico, meio assim, meio nosso.

sábado, 27 de novembro de 2010

Ralph

Esse perfume, o meu perfume me lembra um vento que bateu no dia que eu estava com ele. Estava usando esse perfume e estava com ele. Aquele vento me lembra a sensação de estar com ele, era boa, eu estava feliz, agora sei o quanto era feliz. A sensação do vento me lembra a falta que ele me faz. Quando eu quero ficar em casa e não tem ninguém pra ficar comigo. Ou quando eu quero sair e ninguém quer ir comigo. A falta dele me faz lembrar dos dias que passamos juntos. Os passeios, lugares, conversas, assuntos e risadas. Essas coisas todas me lembram de como era bom não precisar falar pra ter o que eu queria. E não ter que falar me faz lembrar que hoje, eu tenho que pedir tudo que eu quero e corro o risco de não ser atendida. Isso não acontecia enquanto eu sentia o meu perfume no vento. Porque quando bateu aquele vento, eu estava com aquele perfume e ele estava comigo. Ele era o vento, o cheiro, a sensação, era não sentir falta, era ser atendida e entendida. Era amada.

terça-feira, 16 de novembro de 2010

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Esse tal de amor

Já me falaram tanta coisa do amor, que é fogo que arde sem se ver. Que é flor da primavera, brisa do outono. Que vence o mal, que é doce e que só ele é real. Muitos desejam que seja infinito enquanto dure. Mas poucos assumem que pode acabar. Além daqueles famosos que não passam de um verão e nem sobem serra. Outros o magnificam, afirmando que é a essência da alma. Enquanto tantos se perguntam se tudo não passa de fantasia, que o amor a gente inventa. Os trágicos definem como a guerra ou um cativeiro. Na antiguidade era o deus Eros, filho do Caos. Faz sentido…
Uns dizem que é poesia, outros, que é prosa. O poeta diz que o amor é o ridículo da vida. O sambista, que é um furacão que surge no coração. Corajosos resumem que é “um não sei quê”. Eu arrisco a dizer que pode ser a doença ou a cura. Ah, que coincidência é o amor…
Eu não sei o que é, só sei que eu quero crer no amor numa boa e acredito que explicá-lo é diminui-lo. Então que o amor seja espalhado, para que mais pessoas o sintam e não o saibam definir. Porque há coisas na vida que só têm de ser sentidas e nada mais. Seja um amante, amador, amásio, amancebado, não importa o nome que você dê, simplesmente ame e seja amável para ser amado, já que a medida do amor é não ter medida.

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Só sei fazer isso

Eu nunca fui boa em nada.
Não sei jogar futebol, vôlei, nem basquete.
Não sei calcular logaritmo nem pH.
Não sei cantar, dançar, nem contar piada.
Nunca fui das palhaças e desbocadas.
Não falo o que penso, sem pensar.
Não sei desenhar.
Não sei brigar, nem ofender.
A única coisa que eu sei fazer é sentir.
Tem vez que sinto até demais.
Sinto tanto que dói.
Dói de raiva, dói de amor.
Dói de dó e de saudade.
Dói de não entender ou não saber.
Dói de tentar e não chegar.
É tanta dor que eu finjo que dói.
Dói de ter e de não ter.
Dói por querer e por não poder.
Dói que sinto latejar.
Dói que preciso escrever, preciso contar.
Sinto tanto que não consigo escrever pouco.
Só sei sentir e escrever. E vice-versa.

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

A via

O que me mata é essa coisa de eu te dar todo o meu amor, todo mesmo - tanto amor que chega a doer - e não receber (quase) nada. Eu pareço um cachorro quando você encosta em mim, fico boba, feliz, satisfeita. Me sinto amada. E você sequer percebe. Não é possível que não nota essa via de duas-mãos que somos, aonde tem muita mais movimento na mão que vai de mim até você. É desigual, desproporcional, descompassado. Não te cobro, não te falo, não te castigo. E nem é por falta de tentativas ou de curiosidade para ver se você sentiria falta, é porque eu não consigo. Não consigo ficar longe. Não consigo me preocupar menos. Não consigo não falar com você, não perguntar nem saber. Não consigo ficar brava. Não consigo. E por isso já desisti de tentar, porque eu sei que passa rápido e que tudo volta ao que é o nosso normal. A via de duas mãos, com uma mais movimentada que a outra. Mas alguém precisa cuidar mais e o outro ser cuidado. Um amar e o outro ser mais amado. E assim vamos...

terça-feira, 19 de outubro de 2010

Filmagem

Decidi sair de casa, era uma noite de inverno, precisava de um pouco de ar, queria ir pra bem longe, mas não podia sair dali. Não me deixaram ir, era tarde, perigoso. Seria melhor ter ido mesmo assim, sem que ninguém percebesse, pois não teria visto você na televisão. Não seria obrigado a ver você feliz com ele, passeando no parque, atrás das filmagens que fizeram pro jornal.
Tanto tempo te evitando, evitando todos os lugares que fomos juntos. Todos os programas, músicas, cheiros e gostos. Tudo pra não lembrar de você. E naquele dia, percebi que todos os meus sacrifícios tinham sido inúteis. Vocês apareceram por três segundos, mas eu vi. De mãos dadas, felizes. Foi o bastante.
O que eu fiz? Entendi que te perdi. Mas eu ainda tinha que me salvar.
Decidi sair de casa. Ia embora, por quanto tempo eu pudesse, ia mudar de país, ficar longe. Os bairros entre os nossos não eram mais suficientes.

Quilômetros.
Países.
Culturas.

Eu tenho que ir. Agora é a minha vez de aparecer feliz no fundo da filmagem...

domingo, 10 de outubro de 2010

Decepção

Pro dicionário:
De.cep.ção
sf (lat deceptione) 1 Ação de enganar. 2 Surpresa desagradável. 3 Desilusão. 4 Logro.

Pra mim:
1 Você.

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Angela

Eu sabia que a vontade dela não era estar comigo. E isso me machucava mais do que a ideia de não a ter por perto. Preferia me conformar pela separação, do que olhá-la e ter a certeza de que seus pensamentos, desejos e planos não eram pra mim. Não eram comigo.
Angela tentava me amar, eu sabia que sim, sentia isso. Talvez não por mim, mas por ela mesma. Ela tentava e não conseguia, não me sentia amado, apesar de seus esforços. E ela não tinha culpa. Tudo passa, mas ela não acreditava nisso, não aceitava. Acreditava que o nosso amor era eterno, imutável, indiminuto, resistível a tudo. Esqueceu-se do tempo. O tempo muda tudo e todos, os gostos, humores, pessoas, relações, sofrimentos e também os amores. E isso a fazia infeliz.
Angela tentava ser o anjo do seu nome, mas não era essa sua sina, tinha nascido para viver aventuras, emoções e eu não lhe proporcionava isso. Sempre soube, mas tinha medo de falar e ela me abandonar. Fui medrosa e egoísta. Carente. Agora sei que o melhor seria ter dito e evitado a dor de alguém tentando me amar sem conseguir.
A dor de terminar com ela foi grande, mas menor do que a eu sentia ao seu lado. Eu a amava. Eu a amo. Mas aquilo, que tinha sido um grande e verdadeiro amor, já não existia mais. Era o meu amor com a minha dor. A compaixão dela com a lembrança do amor que sentiu por mim. Disso ninguém sobrevive.

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Mais um...

Pra variar mais um encontro sem querer. Era uma tarde e nós estávamos num clube, assistindo a algum jogo bobo, de outras pessoas que foram curtir o domingo de sol também. De repente ouço você me chamando. O coração dispara, o sorriso não pode ser escondido, e nem quer.
Assistimos ao jogo juntos, conversando, rindo. Eu num degrau acima de você, mexendo no seu cabelo. Você apoiado nas minhas pernas, parecia confortável. Mas do nada você se virou pra trás e eu me assustei. Mas então só fechei os olhos. Aquele beijo foi o melhor da minha vida. O mais esperado e o mais inesperado.
Saímos de lá abraçados, de mãos dadas, não queríamos nos separar. Não falávamos mais, nem precisava, tava tudo certo. Estava perfeito daquele jeito. Compramos balas e demos às crianças. Demos a volta no lago, nos sentamos na beira e ficamos ali, olhando para as flores, ouvindo o canto dos pássaros.

Foi lindo, tão lindo que eu acordei.

terça-feira, 21 de setembro de 2010

Para sempre eu

Você sempre dizia que era eu
Eu era a pessoa certa, era o amor da sua vida.
Você sempre diz que sou eu
Eu sou a culpada, sou o seu erro.
Pra você sempre serei eu
A que te fazia feliz e a que te fez triste.
A tua sorte e o teu azar.
A que era e não é.
A que é o que não era.

sábado, 18 de setembro de 2010

Ressaca

Hoje eu decidi que vou fazer diferente, não vou me lamentar, não vou reclamar, não vou ficar sofrendo pelo passado. Vou deixar tudo pra lá e viver a vida. Novas cores, cheiros e sabores. Quero conhecer o que tiver de mais belo e esquecer das preocupações. Quero mudar o que eu puder, quero melhorar. Sumir com o mau e dar fim nas coisas que me tiram o sono e a fome. Amanhã ou quando for inevitável, volto a me preocupar. Agora eu quero sossego. Uma rede, uma taça de vinho e olhar o mar. Com as ondas, deixarei os problemas, elas os levarão pra longe de mim. Minha ressaca vai junto com a ressaca dele. E assim serei feliz. Sem ligar, sem pensar, sem tentar. 

Apenas vivendo...